Para a satisfação de um cliente em um restaurante, o atendimento é mais importante do que a comida.

 A frase é forte, eu sei, mas acredito nisso. Já vi atendimento ruim destruir uma experiência com pratos maravilhosos e atendimento de primeira salvar outras com pratos sem graça. É claro que servir boa comida é básico, isto nem se discute. Mas é preciso muito mais para fazer os clientes felizes.

O atendimento dos garçons é responsável pela primeira e pela última impressão de um restaurante. Do momento em que o cliente busca sua mesa ao pagamento da conta,muita coisa pode acontecer.

E um ruído nessa relação pode acabar com um almoço ou jantar. Não interessa se o cliente é fiel e aparece todo dia ou se é um turista que provavelmente nunca mais vai voltar, todo mundo quer se bem atendido.

Se tem algo que me tira do sério é garçom que não anota os pedidos. Será que ele vai mesmo lembrar que uma pessoa pediu água sem gás com gelo e limão e outra pediu com gás e sem gelo? Nunca vi dar certo. Os tablets e os smartphones têm ajudado, mas também exigem uma dose extra de concentração.

Acredito que para o dono do restaurante seja mais fácil aprimorar o sabor de um prato do que fazer a gestão de pessoas. Por isso, o treinamento desses profissionais deve ser encarado como rotina. Até porque esse mercado tem muita rotatividade de profissionais e um bom garçom de bistrô nem sempre vai se dar bem atendendo em um boteco.

É bem verdade que não precisa ser especialista para salientar regras básicas do bom atendimento, como o garçom andar pelo salão com a cabeça erguida olhando para as mesas. Ou vai dizer que você nunca ficou no vácuo com a mão levantada?

Outro ponto que incomoda é o serviço de vinhos. Existe coisa mais chata do que um garçom que não para de encher o copo forçando a compra de outra garrafa? O mesmo tem ocorrido com a água mineral, que anda sendo cobrada a preço de ouro.

Dias atrás, passei por um episódio que traduz bem a insatisfação com o atendimento. Um garçom, orientado por seu gerente, recusou-se a me servir vinho nas taças maiores pois o vinho que eu tinha pedido custava menos de R$ 50. Eu e alguns amigos estávamos dispostos a beber duas ou três garrafas, mas a recusa nos fez abreviar o happy hour. Nem mesmo a boa pizza da casa me fez sair satisfeito de lá.

Das melhores experiências gastronômicas da minha vida, não lembro muito bem o que eu comi. Mas lembro de ser bem atendido e de pagar mais do que os tradicionais 10% com um sorriso no rosto. Por isso, saúdo a todos que dominam a arte de atender bem pois eles podem fazer nossos dias mais felizes.

Fonte: Destemperados

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