O Sindha - Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região e o BRDE - Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul realizaram nesta segunda-feira, 30/08, mais uma edição do projeto Sindha Experience, que aborda os desafios e inovações empresariais, falando diretamente com os empreendedores gaúchos. Com foco em um case de empreendedorismo do setor hoteleiro e em ações de voluntariado, especialmente durante a pandemia, o bate papo destacou como os bons exemplos de empresas do setor têm impactado a sociedade.

O presidente do Sindha, Henry Chmelnitsky, e a diretora-presidente do BRDE, Leany Lemos, receberam a CEO da rede Swan Hotéis e vice-presidente do Transforma RS, Gabriela Schwan Poltronieri.

Chmelnitsky pontuou que o tema está totalmente ligado ao momento atual dos empreendedores gaúchos. “Nosso setor foi profundamente castigado e a hotelaria, em especial, depende de variáveis diferentes para retomar, como novos empreendimentos e economia fortalecida. Quando me deparei com o novo projeto da Swan Hotéis, que mistura diferentes tendências, vi uma oportunidade de fomentarmos algo muito produtivo”, iniciou. O presidente citou ainda a importância das ações de voluntariado: “é uma obrigação de cada cidadão. Só existimos se a sociedade nos proporciona algo e nossa obrigação como empreendedores, é retribuir o que recebemos, de alguma forma. O exercício da pandemia trouxe isso à tona com muita força, até pela profundidade do impacto que todos sofremos. Mas a lição é buscarmos exercitar o voluntariado permanentemente”.

A diretora-presidente do BRDE, Leany Lemos, destacou o apoio do banco de desenvolvimento a políticas públicas de estados e de municípios, com diversas ações de fomento ao empreendedorismo social e investimentos com uso de leis de incentivo fiscal. Somente de 2017 a 2020 foram mais de R$ 12 milhões destinados a projetos com aplicação de incentivos fiscais, em sua maior parte por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, mas também nas áreas de esporte, saúde e atendimento a crianças, adolescentes e idosos. “É perceptível o avanço nesta pauta historicamente difícil que é o voluntariado. Algumas atividades produzem mudanças de comportamento que desenvolvem o espírito de cooperação e recentemente temos visto esse movimento. Seja com impacto social, ambiental ou de governança, essas ações têm sido cada vez mais valorizadas. A crise que gerou uma onda de solidariedade, em diferentes frentes, também nos fez incorporar esses critérios e estimular empresas a se mobilizarem mais”.

Gabriela Schwan comentou que a experiência da rede com o voluntariado tomou força a partir da decisão, logo no início da pandemia, de não fechar as portas. “Tivemos momentos difíceis, pois não haviam protocolos definidos ainda, não tínhamos a tranquilidade necessária para seguir trabalhando. Assim, uma das primeiras ações foi comprar uma grande quantidade de tecido TNT e os colaboradores que estavam afastados, em casa, e suas famílias, passaram a produzir máscaras - àquela altura, não havia quantidade disponível no mercado. Foi uma campanha colaborativa que resultou em 20 mil máscaras, distribuídas também à comunidade, nas portas dos hotéis”, contou.

Ela destacou também as campanhas de estímulo ao comércio local: “procuramos pequenos restaurantes e empresas turísticas locais, para criar pequenas experiências ao ar livre e contribuir para o consumo local, além de promover feiras de pequenos agricultores rurais e artesãos, com pessoas que precisaram se reinventar durante esse período”.

O case Swan Generation

O Swan Generation, além de um empreendimento hoteleiro, tem como propósito o relacionamento com a comunidade. “É um novo olhar para o mercado. Já percebíamos um movimento de migração de unidades imobiliárias em turismo, impulsionados pelo Airbnb, então pesquisamos o que faria sentido para a região de Porto Alegre e adaptamos. Parecia muito arrojado investir naquele momento e não tínhamos uma verba enorme, então buscamos parcerias e collabs com outras empresas referência em suas áreas de atuação”, contou Gabriela.

O hotel apresenta uma experiência phygital, com uma série de facilidades digitais, tais como um aplicativo que faz check-in e check-out por celular, abre e fecha portas, solicita serviços à recepção, consulta menu, entre outros benefícios. Um moderno sistema também faz com que a governança comande digitalmente as camareiras, por exemplo, agilizando a liberação das acomodações. Inspirado na ideia de coworking e coliving, o cliente do Swan Generation pode comprar tudo o que experimenta no local e receber em casa, além de desfrutar de ambientes compartilhados de trabalho ou de convivência. “É um jeito novo da hotelaria acontecer, um laboratório de inovação para o mercado da hotelaria. Criamos camadas de negócios que podem interagir entre si. Queremos avançar agora para a integração com a comunidade e realmente fazer parte da identidade da cidade”, finalizou Gabriela.

O Sindha Experience, que iniciou no mês de maio e segue até dezembro, conta com um evento online por mês, sempre com personalidades que dominam os assuntos compartilhando experiências e levando insights para inspirar o público, que pode acompanhar tudo ao vivo pelas redes sociais do Sindha.