20/12/18

“É preciso ter atitude para captar iniciativas que beneficiam Porto Alegre”, aponta presidente do Sindha sobre intervenções urbanas

“É preciso ter atitude para captar iniciativas que beneficiam Porto Alegre”, aponta presidente do Sindha sobre intervenções urbanas

Implementar pequenas florestas e espaços de convivência em pontos do Centro da cidade, entre lojas, pedestres, carros e todo o cenário urbano. Esse é o objetivo do Projeto Microfloresta Urbana, desenvolvido pela ONG TodaVida especialmente para a cidade de Porto Alegre.

O Sindha foi convidado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams) para conhecer a ação, inspirada nas florestas urbanas da Índia, que pretende fixar uma rede de 10 microflorestas ao redor do Centro de Porto Alegre. A primeira delas - e foco total de ação neste momento - seria no Largo Glênio Peres, com o plantio de 300 mudas nativas, de pequeno e médio porte, sendo metade delas frutíferas.

Para ocupar oito vagas de estacionamento na região próxima ao Chalé da Praça XV, a metodologia prevê de 3 a 5 mudas por metro quadrado, além da instalação de uma área de convivência com bicicletário. “As mudas se protegem, todas bem próximas, e fazem com que o crescimento seja ainda maior.

Crescem 30 vezes mais que uma floresta natural, absorvem dióxido de carbono e reduzem ruídos. Além disso, o local escolhido também se deve à concentração de poluição por estar próximo a um terminal de ônibus”, explica a engenheira da ONG, Lígia Miranda.

Para o presidente do Sindha, Henry Chmelnitsky, é preciso atitude para captar ações positivas como essa, que dão retorno integral à cidade. “Estamos diante de um projeto especialmente ousado. É a melhor coisa que poderia acontecer, as pessoas não têm como não ficar motivadas com isso, e somente com vontade e iniciativa política esses projetos sairão do papel. É inaceitável que haja motivação e, depois, a discussão se esvazie. Considerando a carência que Porto Alegre enfrenta, e depois do movimento positivo da Orla [do Guaíba], essa pode ser a oportunidade de iniciar o ano com mudanças significativas, ainda mais em uma área que precisa disso. Estamos prontos para dar esse grande passo ou vamos assistir mais uma ideia se esvair por falta de esforço coletivo?”, instiga.

A iniciativa ainda deve ser incrementada com uma árvore de energia solar e irrigação artificial. “A ideia é mostrar a nobreza dos espaços públicos, além das diversas vantagens de se ter uma área verde dentro da cidade”, completa Lígia. Com tempo de implantação médio de um mês, o projeto será viabilizado pela parceria com a iniciativa privada, e contará com a infraestrutura da Prefeitura Municipal e execução da ONG.

O secretário do Meio Ambiente, Maurício Fernandes, destaca que o projeto integra um plano bastante completo de diversas intervenções pretendidas para o ano de 2019. A reunião, realizada na segunda-feira (3), contou ainda com a presença da assessora jurídica do Sindha, advogada Clarissa Longoni, e do diretor Diamantino Fernandes, além de representantes do Sindilojas Porto Alegre.


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