ENTIDADES EMPRESARIAIS APRESENTAM PLEITOS PARA HOTELARIA, GASTRONOMIA E COMÉRCIO AO MINISTÉRIO EXTRAORDINÁRIO DE RECONSTRUÇÃO DO RIO GRANDE DO SUL

Encontro aconteceu nesta quinta em Porto Alegre e reuniu SINDHA, CDL, Sindilojas, FBHA/RS, Abrasel e ANR
As entidades empresariais ligadas à gastronomia, hotelaria e comércio de Porto Alegre e Região apresentaram nesta quinta-feira, dia 23, uma série de reivindicações para recuperação dos setores ao Ministério Extraordinário de Reconstrução do Rio Grande do Sul, sob o comando do ministro Paulo Pimenta. O grupo foi recebido pelo assessor Marco Maia e pautou o pleito em oito propostas, entre elas o subsídio pelo governo federal da folha salarial mensal da empresa e a suspensão temporária dos contratos de trabalho com pagamento de benefício emergencial (veja lista abaixo).
O grupo foi liderado pelos dirigentes do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (SINDHA), Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA-RS) e sindicatos filiados, Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas), Câmara dos Dirigentes Lojistas Porto Alegre (CDL) e Associação Nacional de Restaurantes (ANR).
O presidente do SINDHA, Paulo Geremia, destacou que as medidas precisam ser implementadas imediatamente. “A roda parou, temos uma realidade onde os restaurantes, bares e hotéis estão sucumbindo. Dos restaurantes alagados, se não tivermos medidas, 80% não vão conseguir voltar a operar, gerando milhares de desempregados”, explicou.
Ao afirmar que a queda no faturamento é drástica, chegando a 80% nos estabelecimentos que estão conseguindo se manter, Paulo afirma que grande parte dos restaurantes e hotéis estão sem dinheiro para pagar a folha de maio, que vence no início de junho. “Precisamos manter os empregos e os negócios, precisamos subsídios e linhas de crédito.”
O cenário é semelhante no comércio, principalmente de regiões como o Centro Histórico, Quarto Distrito, Sarandi, entre outras áreas ainda alagadas em Porto Alegre. “Temos 8 mil CNPJs, na imensa maioria de micros e pequenos empresários, sendo que muitos destes, além de perderem o negócio, perderam as casas”, pontuou o presidente da CDL, Irio Piva.
Marco Maia destacou a importância das medidas, que serão levadas ao Ministro e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e adiantou que para este dia 24, sexta-feira, está previsto o anúncio de ações com foco nos micros e pequenos empresários, além da suspensão do contrato de trabalho, o chamado layoff. “Temos a incumbência do presidente Lula de acolher a responder a todos os que precisam do nosso apoio, e é isso que estamos fazendo, com uma série de medidas que estão interligadas. Importante é que estabeleçamos o diálogo e sigamos evoluindo, conversando.”
Confira abaixo a síntese do pleito empresarial:
Este pleito é resultado da integração de diversas entidades setoriais, que se uniram diante da tragédia que acomete o glorioso estado do Rio Grande do Sul.
- Subsídio da folha salarial mensal da empresa, extensivo aos respectivos encargos (INSS e FGTS), pelo governo federal no período do estado de calamidade. Em contrapartida, a empresa garante o emprego no mesmo tempo do benefício recebido;
- Suspensão temporária dos contratos de trabalho com pagamento do benefício emergencial (importante para empresas que ficarão fechadas para reforma de maior vulto);
- Liberação de crédito com carência de 24 meses, com prazo de 10 anos e juros limitados a de 3% ao ano; - Créditos de 50% do faturamento do ano anterior;
- Isenção de tributos por 6 meses, incluído os tributos da folha de pagamento;
- Congelamento dos PRONAMPEs e FGI por 18 meses e dobrar o prazo de pagamento. Assim como dos demais programas, como Parcelamento da Dívida Ativa, concessão de carência e dobrar o prazo de pagamento;
- Liberação do FGTS, proporcional ao saldo, de forma regressiva, a todos os residentes no Estado do RS, com intuito de aumentar o poder de compra e circulação econômica;
- Auxílio Emergencial RS 2024;
- Correção da tabela do Simples Nacional.