Para encerrar a agenda de eventos do mês de novembro, o Sindha - Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região promoveu, na manhã desta quinta-feira (22), o “Bom Dia Associado”, evento que reuniu empresários para um café da manhã com capacitação e muito networking.

Com o tema “Evitando Passivos Trabalhistas”, o especialista em Recursos Humanos, Júlio Bonesso, levou orientações sobre situações do cotidiano empresarial durante o encontro exclusivo e gratuito, realizado no auditório da entidade.

A gerente de produtos e relacionamentos do Sindha, Heloisa Rodrigues, abriu o evento apresentando os serviços ofertados pela entidade - dentre eles, a ampla rede de benefícios envolvendo cursos e outras qualificações.

Em seguida, Bonesso deu início às discussões envolvendo o eSocial, ações preventivas sobre assédios moral e sexual, normas de segurança do trabalho, entre outros assuntos. “Essas são algumas preocupações que tenho visto no dia a dia dos meus clientes”, explicou.

Sobre o eSocial, o especialista apontou que é preciso desmistificar a carga negativa que existe acerca do assunto. “É uma lei que traz um comportamento diferente no sentido de melhorar fluxos e processos. Muitas vezes, as pessoas não conseguem organizar seus RHs e colocam a culpa no eSocial. Agora, temos uma base que concentra todos dados, o que evita a dissonância de informações, é algo positivo, temos um verdadeiro Big Brother Brasil”, avaliou.

Entre os alertas, Bonesso destacou os riscos de passivos perante os órgãos fiscalizadores e julgadores, e a melhor forma de atender seus representantes. “Sugiro sempre optar pelo caminho mais amistoso, sem enfrentamento”. Além disso, aplicativos, como o “Pardal”, do Ministério Público do Trabalho (MPT), para denúncias de situações irregulares devem ser assimilados pelos empresários.

Em relação à gestão de empresas, o tema “caráter de gestores” foi pautado pela necessidade de comunicação e de feedbacks construtivos para os colaboradores. “Nós contratamos as pessoas pelo conhecimento técnico, mas demitidos por questões comportamentais. Também precisamos diferenciar líderes e chefes. Um chefe não sabe demitir, não sabe conversar, não sabe dar feedbacks”.

Como trecho final do encontro, Júlio Bonesso abordou ainda as ações preventivas, como treinamentos sobre assédio sexual e moral, além de responsabilidade quanto ao dano existencial causado pela jornada de trabalho excessiva, e também a segurança no trabalho. “Este último é um item de extrema preocupação, já que o Brasil é campeão de casos.

O empresário pode cumprir tudo que está na lei, mas não está livre de ter problemas, algo sempre pode acontecer, como, por exemplo, um acidente”, alertou.