Duas realidades são vividas pelo segmento de hospedagem e alimentação

O setor de alimentação e hospedagem vive realidades distintas desde o temporal de terça-feira. Enquanto a grande maioria dos restaurantes e bares localizados nos bairros ainda sem abastecimento de energia elétrica estão há dois dias sem abrir ao público, hotéis de Porto Alegre tiveram lotação máxima, com clientes à procura de hospedagem em função da falta de luz. As informações são de levantamento informal realizado junto aos associados e diretoria do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (SINDHA) e Sindicato de Hotéis de Porto Alegre (SHPOA).

No segmento de bares e restaurantes, os prejuízos são gigantes e se somam à ausência de geradores para locação. Redes de restaurantes e cafeterias estão de portas fechadas, muitas sem saber quando vão conseguir retornar à ativa. “Nossos negócios dependem da energia elétrica, e o mercado de locação de geradores não está suportando a alta demanda. Temos relatos de associados que chegaram a ligar para mais de 30 fornecedores de geradores e ninguém consegue atender”, afirma o presidente do SINDHA, Paulo Geremia.

Diretor do SHPOA, Oscar Henrique Schmidt, afirma que os hotéis, nestas horas, são um alento para segmentos da população. Desde a madrugada de quarta, a procura por hospedagem aumentou bastante, tendo redes que chegaram a 100% de ocupação. “Os porto-alegrenses nos procuraram em função de não ter luz nem água nas residências. Ainda nesta madrugada tivemos pessoas ligando para os hotéis sem que muitos pudessem atender.”