A hotelaria, um dos setores que sentiu imediatamente os reflexos da crise econômica gerada pelo Coronavírus, foi a pauta da reunião com empresários e gerentes à frente dos hotéis de Porto Alegre e o prefeito Nelson Marchezan Júnior, para compartilhar a realidade dos negócios e possibilidades de cenários para o futuro.

O presidente do SHPOA - Sindicato de Hotéis de Porto Alegre, entidade representante do setor na cidade, Carlos Henrique Schmidt, deu início à reunião: “Antes de qualquer coisa, parabenizamos a Prefeitura pelo sucesso no enfrentamento do Coronavírus na cidade”. Após, foi apresentada uma situação dos hotéis da cidade, onde mais de 70% dos mesmos se encontram fechados e os que permaneceram abertos estão com baixíssimas ocupações. Além disso, foram apresentadas medidas de curto prazo. “Gostaríamos que o executivo municipal considerasse uma carência na cobrança do IPTU, pelo menos nos meses de abril, maio e junho, com os três meses pagos em parcelas subsequentes. Pedimos o mesmo formato para a cobrança junto ao DMAE (Departamento Municipal de Água e Esgotos)”, afirmou.

“Quanto à nossa categoria, lembramos os dados atuais, que são preocupantes: a cidade conta com cerca de 100 hotéis, totalizando 8 mil quartos e 16 mil leitos. Deste cenário, o SHPOA avaliou 53 estabelecimentos e, destes, ainda temos menos de 16 que estão operando. Nos que possuem modelos familiares, voltados a um público residente, registra-se uma média de ocupação de 20%, mas o restante fica entre 5% e 10%. Isto é, o turismo de negócios depende da malha aérea e da retomada do comércio e dos serviços em geral, além do calendário esportivo e cultural, todos totalmente parados. Nossas reservas financeiras estão sendo usadas com a mão de obra, que é o ponto crítico. Fornecedores estão ficando em segundo plano, pois estamos resguardando aqueles que trabalham diretamente conosco”, relatou Schmidt.