Aeroporto: perda de R$ 2,4 bi anuais
Anunciada há 10 anos, durante a cerimônia de inauguração do novo Salgado Filho, como a próxima prioridade na expansão do aeroporto, a ampliação da pista permanece como apenas um desenho na prancheta. Após uma década de novas promessas e cronogramas adiados, a obra agora tem a conclusão prometida para o início de 2014.
Com 2,28 mil metros, a pista deve ganhar mais 920 metros, permitindo que aviões de maior porte consigam decolar com carga completa e tanque cheio rumo a outros continentes. “ O Estado perde R$ 2,4 bilhões anuais devido a não utilização por aeronaves de grande porte” ressalta o diretor executivo do movimento da Agenda 2020, Ronald Krummenauer, que realizou o levantamento. Apesar de a área da Vila Dique necessária à ampliação já ter sido liberada e repassada à Infraero, resta resolver ponto essencial para o início do projeto, sustenta Jorge Herdina, superintendente do Salgado Filho. A primeira etapa da obra, explica, é realocar o sistema de drenagem que contorna a pista e, para isso, seria imprescindível a desocupação do bairro Jardim Floresta, hoje um imbróglio pela necessidade de remover 42 famílias que vivem em casas alugadas. “A ampliação da pista está no plano diretor de 1979, antes do projeto do novo terminal. A questão da indisponibilidade da área (pela ocupação das famílias) é que inverteu os fatores” sustenta Herdina.