02/12/13
Empresários não querem o mínimo
Os empresários da hotelaria e alimentação fora de casa do Rio Grande do Sul não concordam com os índices de reajustes do salário mínimo regional proposto pelo Governo do Estado.
Se aprovado, o reajuste será de 12,7%, fazendo com que o valor passe de R$ 770,00 para R$ 868,00. Será o segundo maior salário mínimo do País, ficando atrás do Paraná (R$ 882,59).
Com esse valor, o piso gaúcho poderá ficar quase 20% superior ao nacional, que atualmente é de R$ 678,00. ´
- Certamente terá efeito cascata de reajuste nos estabelecimentos – ressalta Maria Isabel Nehme, diretora superintendente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre (Sindpoa)
Ela participou do encontro que empresários de vários segmentos do Estado realizaram com o Presidente da Assembléia Legislativa do RS, Pedro Westphalen, nesta terça-feira, 3/12.
que recebeu documento tratando da divergência com o índice proposto.
- A política do piso regional, que aumenta salários sem contar com aumentos de produtividade na mesma medida, coloca o futuro da produção do Estado em cheque - afirmou Heitor Muller, Presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul.
Os empresários se amparam no cenário das finanças públicas do Estado, que impõe um baixo investimento, e o alto endividamento do Rio Grande do Sul.
O documento ainda lembra que o Rio Grande do Sul perdeu posições no PIB brasileiro e nos rankings de qualidade de vida nos últimos anos, e o horizonte não mostra mudanças.
A diretora do Sindpoa participou do encontro representando os demais sindicatos patronais da hotelaria e alimentação fora de casa no Rio Grande do Sul.
Também estiveram na Assembleia o presidente do Sistema Fecomércio, Zildo De Marchi; o representante da FCDL, Leonardo Neira; o diretor administrativo da Farsul, Francisco Schardong, e o representante da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do RS, Oswaldo Luis Balparda.