19/08/14

Legados da Copa em debate

Debate legado da Copa com membros do Ministério do Esporte, Governo do Estado e conselheiros da sociedade civil gaúcha | Foto: David Alves/Palácio Piratini
Sindpoa foi a única entidade representativa do setor privado a participar do encerramento da Câmara Temática da Copa, do Conselhão.

Se os números não foram os melhores, o legado da Copa para o setor da Hotelaria e Gastronomia é saber avaliar e aproveitar as oportunidades que virão a partir do evento. Essa foi a principal mensagem do presidente do Sindpoa, Henry Chmelnitsky, no encerramento da Câmara Temática da Copa, do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Cdes-RS),  na última terça-feira (20). “Se não tivemos os números que esperávamos isso não é o mais importante. A avaliação é saber trabalhar o que nos deixou de bom e somarmos esforços para buscar esse legado”, ressaltou.
No encontro que contou com a participação de representantes do Estado, Governo Federal e municípios, o Sindpoa foi a única entidade representativa do setor privado. “A parceria com a Secretaria de Segurança e do Turismo foram uma mostra de que a associação entre o poder público e o privado é a solução para o desenvolvimento do Estado e do país”, avaliou Henry ao lembrar da parceria com os Centros de Atendimento ao Turista (CAT) e da doação de bicicletas para auxiliar na segurança pública. Henry destacou ainda a atuação competente do secretário Márcio Cabral na condução das atividades na pasta do Turismo.
Para o secretário executivo do Ministério do Esporte, Luiz Fernandes, “o balanço é inegavelmente positivo”. Entre os ensinamentos adquiridos, a integração foi destacada. “Diante das dificuldades, ganhamos muito quando exercemos essa capacidade de jogar juntos”, ressaltou o coordenador executivo do Comitê Gestor da Copa (CGCopa), Mauricio Santos. “Uma das grandes lições da Copa é a importância da transversalidade, nas esferas institucionais, federal, estadual e municipal, e na relação crítica com a sociedade civil, para o desenvolvimento equilibrado do nosso país e do nosso Estado”, sintetizou o secretário executivo do Cdes-RS, Zelmute Marten.
 
Números da Copa

            A expectativa do governo gaúcho era de receber 60 mil estrangeiros, mas o RS recebeu 160 mil turistas de 74 países, que visitaram, além da Capital gaúcha, 51 cidades do Estado. O grande número de argentinos, cuja passagem ocorreu sem grandes incidentes, também foi mencionada.
A segurança pública apresentou os números da operação. Durante a Copa do Mundo, foram registradas 138 ocorrências relacionadas com a Copa do Mundo e 23 prisões, sendo 15 de estrangeiros. Foram apreendidos 150 ingressos falsos. A estrutura física e integração foi apontada pelo setor como maior benefício da Copa. “O que vimos no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), foram 32 órgãos atuando de forma harmoniosa, fruto de um trabalho de meses consolidado através de 16 oficinas preparatórias”, resumiu o diretor do Departamento do CICC, coronel Antonio Scussel.
A nova estrutura e modelo do trabalho permitiu, de acordo com o representante da Secretaria de Segurança Pública, o aumento de posições em ações de rotina do órgão, todas realizadas de dentro do CICC desde o dia 04 de junho. As posições de despachos de viaturas e equipes subiram de 11 para 56; de monitoramento de tornozeleiras, de mil para 5 mil; e de videomonitoramento aumentaram de duas para 50. “Agora podemos realizar flagrantes de furto através das câmeras do CICC”, lembrou o coronel.
O Conselhão deverá entregar um relatório final sobre os debates realizados pela Câmara Temática da Copa nos próximos dias. Um relatório também será produzido pelo CGCopa e, em nível federal, o balanço final do Governo Federal será divulgado em outubro.


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