Pressão total contra o piso regional
Após duas semanas de intensa mobilização junto a Assembléia Legislativa a diretoria do Sindpoa encerrou a sua estratégia de denunciar os equívocos relacionados ao estabelecimento de um piso salarial regional com uma audiência na Casa Civil do Governo.
Foi na sexta-feira, 14/5, com a participação dos presidentes e representantes dos sindicatos patronais de todo o Rio Grande do Sul. Recebido pelo Chefe da Casa Civil, Bercílio Silva reiteraram a mesma posição levada aos deputados estaduais. A queixa maior diz respeito ao desarranjo em toda a cadeia produtiva do setor devido a essa discussão anual.
- Não é uma discussão técnica e sim política, sem embasamento econômico que ajuda, inclusive, a aumentar a informalidade nas relações trabalhistas - lamentou o presidente do Sindpoa José De Jesus Santos. O Governo ficou de sugerir uma formula com o estabelecimento de critérios claros e objetivos para tratar desta questão no futuro.
Também participaram da audiência o Secretário Adjunto do Planejamento e Gestão, Alexandre Porsse e o Presidente da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, Norton Lenhart. Pelos sindicatos, além de Porto Alegre, compareceram Caxias do Sul, Uruguaiana, Região das Hortências, Novo Hamburgo, Santo Ângelo, Pelotas e Garibaldi.
Na sexta-feira à tarde, durante reunião dos sindicatos patronais realizado na sede do Sindpoa, o presidente da Federação Nacional dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (FNHRBS), Norton Lenhart, falou sobre os preparativos para as eleições que serão realizadas na próxima quinta-feira, 20/5, com escolha da nova presidência da federação. O encontro abordou, ainda, os 140 projetos de lei que alteram a legislação e a tributação do setor, e que hoje tramitam no Congresso Nacional.
Lenhart, que deixará a liderança da FNHRBS após dez anos, estava acompanhado do vice-presidente, Alexandre Sampaio, que concorre no pleito pela chapa da situação.
- Deveremos obter os votos de 50 dos 64 sindicatos filiados – previu o atual presidente.
De acordo com Lenhart, dos 140 projetos de lei que tramitam na Câmara dos Deputados e no Senado, 130 são para mexer na carga tributária do setor, na legislação que regula o funcionamento dos estabelecimentos e na carga horária dos trabalhadores.
- Somos contra a redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais como querem as centrais sindicais. Os hotéis não fecham e muitos restaurantes ficam abertos 24 horas – enfatizou na ocasião.
A federação representa 1,2 milhão de empresas que respondem por 8 milhões de empregos diretos. O presidente destacou, ainda, que 98% dos estabelecimentos são micros e pequenos, que empregam quase na sua totalidade pessoas com até o ensino médio completo.
As lideranças presentes aproveitaram a ocasião para falar sobre o trabalho de Norton Lenhart à frente na Federação.
- Um dos grandes méritos da gestão do Norton foi ter dado visibilidade e importância para a nossa categoria econômica para o setor – destacou o vice-presidente Ricardo Ritter, sendo consenso entre todos.