A chegada do Airbnb no mercado agitou o segmento de hotelaria e esquentou os debates do 2° Fórum de Hospedagem e Alimentação do SINDHA, nesta quarta-feira (9). A crítica do setor está na regulamentação desse novo modelo de hospedagem. "O problema não é o Airbnb, é a falta de uma legislação para não tornar a concorrência desleal", defendeu o vice-presidente do SINDHA e empresário à frente do Ritter Hotéis, Ricardo Ritter. Para ele, hotéis são essenciais para uma cidade e não é possível incrementar o turismo sem uma hotelaria forte, no entanto, ele sabe que as novas tecnologias vieram para ficar.

Carlos Henrique Schmidt, presidente do Sindicato de Hotéis e superintendente do Plaza Hotéis, compartilha da mesma opinião e avalia que não há volta neste caminho. "É um novo mundo. Não adianta brigarmos, pois essas inovações vieram para ficar".
Na avalição da Public Policy Airbnb, Flavia Matos, a plataforma não é uma concorrente direta da hotelaria. "São negócios diferentes para públicos diferentes". Mas afirmou que está disposta a construir junto com os representantes da hospedagem um modelo que seja bom para todos. "Queremos que a hotelaria siga crescendo também", garantiu.

Já a diretora de Hotéis e Redes Hoteleiras da Decolar.Com, Greetje de Haan, reforçou a necessidade de se entregar aquilo que o cliente está buscando e avaliou que "o futuro da hospedagem está na transparência entre os parceiros".

O 2° Fórum de Hospedagem e Alimentação do SINDHA reuniu cerca de 400 pessoas no Centro de Eventos do Plaza São Rafael.