Falta no país uma consciência da importância do mercado turístico para o seu desenvolvimento. Essa foi uma das principais mensagens do painel "Gastronomia e Turismo: Como empreender nos dias de hoje", debatido por Junior Durski, Olivier Anquier, Silvana Kalckmann e Henry Chmelnistky, no 2º Fórum de Hospedagem e Alimentação, em Porto Alegre.

Olivier buscou na realidade do Peru o exemplo de como uma consciência coletiva da importância do mercado do turismo pode alavancar um país. "Em torno de 30 anos, o país virou um dos maiores polos de gastronomia do mundo. Isso porque houve um trabalho muito consciente de culturização. O resultado está aí". Para ele, o Brasil é uma grande potência para o turismo, mas primeiro é preciso essa consciência; segundo é preciso ter emoção no que se faz; e por fim um plano muito estruturado de turismo de qualidade. "O que nós, brasileiros, podemos fazer para que a indústria do turismo seja desenvolvido de forma clara e eficiente", questionou ele.

Para o presidente do Sindha, Henry Chmelnitsky, Anquier tocou em um tema muito sensível aos representantes da hospedagem e alimentação. "A necessidade de conscientização da população e do desejo político para que o turismo se desenvolva".

Para Silvana Kalckmann, da Fogo de Chão, além dessa conscientização, o grande desafio do país é ser pró-ativo, é saber cuidar do consumidor. Ela concorda com a potencialidade do país para o turismo e ressalta que o grande diferencial do país é o brasileiro. "O brasileiro sabe como lidar, como ser hospitaleiro", avalia.

Já o chef e presidente da rede Madero ressaltou a importância do trabalho intenso para conquista de resultados. "Não acredito em sorte. Acredito em suor na testa. Qualidade dá trabalho", destacou.

O Fórum de Hospedagem e Alimentação é reúne cerca de 400 participantes, no Centro de Eventos Plaza São Rafael.