Desde 2018 o mundo sindical foi abalado pela Reforma Trabalhista. Uma esfera antes quase perfeita, em que o paternalismo imperava e a entrada de recursos independia da qualidade do serviço prestado. Castas foram formadas, houve politização dos mesmos e desperdício constante.

Fatores que compuseram a tônica na gestão da grande maioria dos sindicatos patronais e laborais. A qualidade na gestão e a prestação de serviço qualificada - que gerasse a real percepção de valor, além de projetos estruturantes e transformadores - não faziam parte da cartilha de gestão.

Eis que o tsunami chega. A palavra “sindicato”, que já não era bem vista, passou a ser sinônimo do negativo. Ora, a lei indica que as contribuições não são mais obrigatórias, então, por que contribuir?

Mas e os bons prestadores de serviço? E aqueles que sempre se preocuparam com a categoria, qualificando e representando ativamente na defesa dos seus interesses? Estes foram colocados no mesmo saco dos incompetentes.

O caminho, agora, é a reinvenção. Olhar o mercado como o privado costuma olhar, reduzir custos e melhorar a produtividade, com transparência e, principalmente, geração de valor para o associado. O serviço prestado tem que afetar o resultado de cada negócio. Repercutir no fluxo de caixa.

Essa é a saída para o novo momento sindical. Competência, profissionalismo, foco no associado e, necessariamente, ser exemplo de gestão para a categoria e outros setores inteiros. Somos geradores de serviços, que, por meio da qualificação, refletem na empresa e na sociedade como um todo. Os projetos estruturantes e transformadores não só irão impactar a nossa gastronomia e hospedagem, como também refletirão na formação de melhores cidadãos para o país.

A categoria precisa ter orgulho de quem os representa. Atuar com autoestima elevada e investir na categoria com a convicção de que será um investimento, e não uma despesa. Este será o grande desafio, mas nós, do SINDHA - Sindicato da Hospedagem e Alimentação de POA e Região, estamos prontos para o desafio. Seremos “benchmark” deste novo momento. Mãos à obra!