20/02/17

Se não definir terreno, Porto Alegre pode perder verba de R$ 60 milhões para Centro de Eventos

 Em 2013, prefeitura assinou contrato com governo federal para receber recursos, mas até hoje não definiu área para construção de estrutura que poderia impulsionar turismo corporativo

 Em 2013, prefeitura assinou contrato com governo federal para receber recursos, mas até hoje não definiu área para construção de estrutura que poderia impulsionar turismo corporativo

Sem o dinheiro da União, a prefeitura afirma que não será capaz de realizar a obra, planejada para ter três vezes o tamanho da maior estrutura para eventos que a Capital possui atualmente — o Centro de Eventos da Fiergs.

— Temos receio de perder esses R$ 60 milhões pela falta de um terreno. Se a prefeitura não tiver uma proposta concreta até junho, com número da matrícula da área, vamos perder esse dinheiro — afirma a presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc), Ana Cláudia Bitencourt.

Sem um centro de grande porte, Porto Alegre vem perdendo cada vez mais feiras e congressos, argumentam os integrantes do setor turístico. Eventos que poderiam movimentar hotelaria e comércio e gerar mais arrecadação de impostos para uma cidade em dificuldades financeiras. Mais congressos na área médica, por exemplo, teriam vindo se a cidade tivesse a estrutura, diz o presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha), Henry Chmelnitsky. O setor hoteleiro, que expandiu antes da Copa de 2014 com a promessa de incremento do turismo, agora opera com 40% da capacidade de ocupação.

— O que temos hoje é muito restrito, não conseguimos atender congressos médicos que envolvam mais de 9 mil profissionais, por exemplo. Nesse meio tempo, o Nordeste, que já tem a vantagem das praias, aparelhou-se muito melhor, construindo grandes centros com estruturas modernas, como o de João Pessoa — afirma Chmelnitsky.

Com 48 mil metros quadrados, o espaço erguido em 2015 na capital da Paraíba foi construído com auxílio da mesma fonte de verba destinada a Porto Alegre, o PAC do Turismo. Lançado em 2013, oferece R$ 660 milhões para 10 cidades criarem centros de eventos. Das 13 obras que compõem o programa (São Paulo teve três projetos aprovados) apenas três ainda não começaram: em Porto Alegre, Curitiba e Teresina.

No caso do Rio Grande do Sul, o convênio entre a Capital e o governo federal teve de ser renovado para que a verba não fosse perdida. O acordo se encerraria em dezembro de 2016 e foi prorrogado para dezembro de 2017, segundo o Ministério do Turismo.

Para apresentar o terreno até junho, a prefeitura negocia estuda obter posse de três áreas diferentes. Sem divulgar os endereços, o secretário de Desenvolvimento e Planejamento Estratégico, Ricardo Gomes, diz que negocia em paralelo para não perder o prazo. A ideia é construir o centro de eventos em parceria com uma empresa privada, que bancaria parte da obra e exploraria o local.

— Temos um terreno que a negociação está mais adiantada e outros dois que ainda estamos analisando. O meu compromisso com o setor do turismo é que viabilizaremos

o primeiro terreno que for possível — afirma

 

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Fonte: Zero Hora

 


Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região
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