Sindha divulga levantamento sobre operação de delivery nos restaurantes da Capital
Em função dos decretos de prevenção ao Coronavírus, estabelecimentos buscam outras opções de lucro durante a crise;
Entidade conversou com empresários de um dos setores mais afetados do momento

Para conseguir sobreviver durante a crise gerada pela pandemia de Coronavírus é preciso criatividade e, principalmente, pensar fora da caixa. Com os decretos municipais ficou vedada limitada em algumas cidades a atividade em salão dos restaurantes. Por isso, alguns dos empresários do ramo gastronômico viram-se obrigados a implementar o delivery para buscar alguma fonte de renda. O Sindha - Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região entrevistou 20 restaurantes e concluiu que 90% estão atuando com delivery e take away (retirada no balcão).

Por ter um custo menor e ser acessível mesmo cumprindo as determinações municipais de isolamento e quarentena, o delivery, ou serviço de tele-entrega, se tornou uma opção de renda para os restaurantes da capital. Dos negócios que estão disponibilizando esse tipo de serviço, 35% começaram após os decretos e tiveram que adaptar seus serviços para a nova modalidade. “É uma forma dos empresários do setor não pararem totalmente suas atividades e gerarem alguma renda, mesmo que baixa”, afirma o presidente do Sindha, Henry Chmelnitsky.

Por mais que o investimento em delivery e o reforço do serviço nas redes sociais dos restaurantes seja grande, o método está longe de ser o ideal. O levantamento do Sindha ainda mostrou que os resultados obtidos com este tipo de operação não recuperam as perdas sentidas em função do fechamento das operações no salão. Para Henry, a medida serve apenas para estancar a sangria dos prejuízos econômicos. “Tele-entrega não é a salvação e o delivery não será a solução de todos os problemas. Mas é preciso resiliência para que possamos superar esse momento e nos reerguermos o mais rápido possível”, finaliza.