O Sindha - Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região torna pública sua insatisfação ao acompanhar o andamento de um mutirão da Prefeitura de Porto Alegre que disponibilizou, ao todo, 12 mil doses de vacina contra a covid-19 para profissionais da saúde. A entidade questiona a falta de critérios do executivo, uma vez que as vacinas também foram direcionadas para profissionais de conselhos de saúde, por exemplo.

"Tivemos uma verdadeira força-tarefa que, entre os vacinados, há um grande grupo que definitivamente não está na linha de frente da pandemia. Se conselheiros e, muitas vezes, profissionais aposentados que não trabalham diretamente com o público estão recebendo a vacina, nos obrigamos a questionar o por que de setores que seguem atendendo o grande público também não entraram nessa fila. O critério da Prefeitura precisa passar por isso. Temos profissionais em exposição diária em restaurantes, bares, lancherias, hotéis, e que precisam ser imunizados com urgência. Isso é sobre a segurança deles e também sobre a segurança de quem frequenta esses espaços", alerta o presidente do Sindha, Henry Chmelnitsky.

A entidade já protocolou ofício junto ao executivo para levar a preocupação do setor da gastronomia e da hotelaria sobre a fila de vacinação e as necessidades dos profissionais que atuam nestes estabelecimentos.

"Além disso, é, no mínimo, estranho que um governo que se diga liberal e que teve como promessa de campanha manter negócios em funcionamento, não se preocupe em proteger essas pessoas. A conta não fecha. Para manter as portas abertas, precisamos controlar a contaminação, e isso passa pela vacinação dessas equipes que atendem o público sem medir esforços", completa Chmelnitsky.