A duplicação do terminal II e ampliação da pista de pouso do aeroporto Salgado Filho em mais 900 metros; construção de um centro de convenções com capacidade para receber mais de 20 mil pessoas; e o impacto do Caís Mauá – complexo que, operando na sua plenitude, poderá injetar na economia gaúcha aproximadamente R$ 927,2 milhões por ano e gerar quase 28,1 mil empregos diretos e indiretos, foram os temas tratados pelo presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região – Sindha, Henry Starosta Chmelnitsky, como propulsores do Turismo na Capital Gaúcha, durante Seminário “Entraves para o desenvolvimento do turismo no estado do Rio Grande do Sul”, promovido pela Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados.

“Hoje o setor da hotelaria não chega a 50% da sua capacidade de ocupação. Isso significa que temos espaço e condições de receber muito mais turistas, e esses são alguns dos principais gargalos para não avançarmos nesse sentido”, disse Chmelnitsky no encontro que ocorreu na tarde desta segunda-feira, 27/07, no plenarinho da Assembleia Legislativa do Estado do RGS.

Segundo Henry, não ter um Centro de Convenções com capacidade ampliada implica em perder competitividade para receber encontros como o Abradilan Expofarma, evento anual para 18.000 participantes e com metragem mínima necessária de 20.000 m². Ou ainda a convenção anual do Atacadista Distribuidor, que reúne cerca de 30 mil pessoas e exige metragem mínima em pavilhão de 30.000m². “Nós já morremos na origem. Trazer eventos como esse é gerar novos turismos para o estado como um todo”, avalia.

Para ele, para avançar é urgente a necessidade de união dos parlamentares gaúchos na defesa dos interesses do Estado. “Eles precisam fazer como fazem os deputados do nordeste, que deixam de lado suas ideologias para defender o interesse comum”.

Na abertura do Seminário, conduzido pela pelo presidente da Comissão de Turismo do Congresso Nacional, Deputado Alex Manente, o secretário de Turismo de Porto Alegre, Luiz Fernando Moraes, criticou a condução da promoção do Brasil no exterior, pela Embratur. Segundo ele, há uma dificuldade de apresentar o país na sua diversidade. “A cara do Brasil lá fora é do Rio de Janeiro e do nordeste, e o país não é só isso”. Para ele, o desafio é descobrir como se regionaliza essa promoção.

Moraes também falou do centro de convenções e o esforço que está sendo feito para o estado não perder o recurso de R$ 60 milhões empenhado pelo PAC do Turismo e que entrou em restos à pagar. O prazo para apresentar o projeto encerra em 30 de agosto.

Juvir Costella, secretário Estadual de Turismo, ressaltou que os entraves não são poucos, mas superáveis. “Com a união de todos podemos explorar melhor o setor”.

Alex Manente tem percorrido o país inteiro ouvindo o trade turístico para conhecer os problemas de cada região e, principalmente, os caminhos para a solução.