Os números apresentados na manhã desta quarta-feira (26) pelo Comando da Brigada Militar confirmam o sucesso da Operação Avante Centro. Em seis meses (maio a outubro) foram 641 prisões, uma média de 3 por dia. Segundo a Brigada, redução de 61% de crimes como roubo a pedestres, transportes públicos e estabelecimentos comerciais. "Nunca se prendeu tanto como nos últimos meses", ressaltou o secretário estadual de Segurança, Cézar Schirmer.

Para o vice-presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região, Sandro Zanete, esses resultados demonstram a importância da Operação, especialmente pelo seu caráter prioritário de preservação de vidas. "Sobre a questão comercial, que afeta diretamente o nosso setor, a Operação Avante contribui para o desenvolvimento econômico do setor", destaca.

Ele antecipa que, diante da previsão  de término da operação, no fim do ano, o Sindicato vai se mobilizar para garantir a continuidade do trabalho. "Ficamos preocupados com a data de encerramento, por isso a nossa diretoria  trabalhará junto a BM para tornar essa Operação permanente".

Os empresários da área central temem o fim da força tarefa e se preocupam com a volta dos altos índices de violência. 

A Operação Avante, implementada pelo Comando-Geral da Brigada Militar, começou no dia 5 de maio, com o reforço de 50 policiais, para atuar nos locais e horários de maior incidência de crimes específicos. 

"O centro contempla cerca de 30% da rede hoteleira da capital, com mais de 3 mil apartamentos para receber nossos turistas. É notória a diferença de sensação de segurança de quem circula no local, por isso a importância da operação e a sua manutenção", registrou o vice-presidente do Sindicato de Hotéis de Porto Alegre, André Barcellos.

De acordo com o Tenente-coronel, Marcus Vinicius Gonçalves de Oliveira, as decisões tem sido baseadas em estudos para tornar o trabalho mais efetivo. "Todas as ações são planejadas para dar mais efetividade. Esses resultados demonstram o acerto da Avante Centro e espero que ela fique por mais tempo".