11/07/16

União do setor e transparência centram debate sobre novo modelo de parceria entre lojistas e shoppings centers

O painel “Shopping Center: um lugar de lojista. Um novo modelo de parceria”, realizado na Febravar 2016, foi polêmico. Lojistas e gestores de shoppings debateram sobre como é possível formatar um novo modelo de parceria entre os envolvidos na relação. A percepção geral é de que o sistema atual se desgastou e é preciso rever a forma de relacionamento entre os empreendedores, sob pena de mais fechamentos de negócios e prejuízos para todos os investidores do mercado.

As reclamações recorrentes passam pela falta de atendimento, insensibilidade por parte dos gestores de shoppings e investidores imobiliários para negociar com os lojistas, custos elevados e transparência nas relações.

“Os investidores buscam informações no mercado imobiliário e não no cliente. Tomam decisões baseadas nestas informações e, geralmente, quem sai insatisfeito é o cliente”, avaliou o presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região e empresário do ramo da gastronomia, Henry Starosta Chmelnitsky. Para ele, só através de uma relação transparente é possível melhorar. “Hoje não sabemos, por exemplo, quanto se investe em marketing. É uma “caixa-preta” para os lojistas”.

Carlos Frederico Schmaedecke, proprietário das Lojas Confraria Masculina, elencou algumas propostas, como a discussão da cobrança do 13º aluguel que, na opinião dele, não faz mais sentido na medida em que os lojistas não vendem mais no fim do ano como antigamente. “É uma cobrança brutal que não corresponde mais com as vendas”. Ele também destacou a revisão de custos, contratos e a transparência na relação.

Já o gestor de shopping center, Eduardo Oltramari, superintendente do Shopping Total, defendeu a necessidade de união do setor em busca de linhas de incentivo para o varejo. “Precisamos usar a representatividade das entidades para conquistar esse fomento. Quem mais emprega é o varejo”, ressaltou ele.

Neste ponto, Henry concordou que a união é importante e deve começar pelo lojista. “A união das entidades é importante, mas antes os lojistas devem ter consciência de não resolver os problemas somente de forma individual”.

 A relação entre lojistas e shoppings também foi destacada por Claudio Luiz Brueckheimer, gerente geral do Boulevard Laçador e Boulevard Assis Brasil. “O lojista é o meu primeiro cliente”, destacou ele, falando sobre a importância de buscar, em conjunto, soluções para enfrentar a crise.

O painel contou com a mediação de Edson de Castro, presidente do Sindivarejista do Distrito Federal e proprietário da Mania de Kilo, um das maiores outlets de Brasília, o painel reuniu representantes de shoppings centers e lojistas.


Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região
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